A origem do câncer

 

O corpo físico é o prolongamento do próprio períspirito atuando na matéria; podeis compará-lo a um vasto mata-borrão  capaz de absorver todo o conteúdo tóxico produzido durante os desequilíbrios mentais e os desregramentos emotivos da alma. Qualquer desarmonia ou dano físico do corpo carnal deve, por isso, ser examinado ou estudado tendo em vista o todo do indivíduo, ou seja o seu conjunto psicofísico.

O corpo humano, além de suas atividades propriamente fisiológicas, está em relação com a vida oculta, espiritual, que se elabora primeiramente no seu mundo subjetivo, para depois, então, manifestar-se no mundo físico.

O espírito é uno em sua essência imortal, mas a sua manifestação se processa em três fase distintas; ele pensa, sente e age. Em qualquer aspecto sob o qual for analisado, ou em qualquer uma de suas ações, deve ser considerado sob essa revelação tríplice, que abrange o pensamento, o sentimento e a ação.

Em consequência, como o espírito e o corpo não podem ser estudados separadamente, quer na saúde, quer na doença, é óbvio que também no caso do câncer e do seu tratamento específico é muito importante e sensato identificar-se antes o tipo psíquico do doente e, em seguida, considerar-se então a espécie de doença.

A sua manifestação mórbida no homem é proveniente da toxicidade fluídica que ainda circula no períspirito e que foi acumulada pelos desatinos mentais e emotivos ocorridos nas várias encarnações pretéritas.

Esse morbo fluídico “desce” , depois , do períspirito para concentrar-se num órgão ou sistema orgânico físico, passando a perturbar a harmonia funcional da rede eletrônica de sustentação atômica e alienado o trabalho de crescimento e coesão das células.

O espírito é o comandante exclusivo e o responsável pela harmonia e funcionamento de todo o cosmo de células que constituem o seu corpo de carne, o qual não tem vida à parte ou independente da vontade do seu dono.

Inúmeros fenômenos que ocorrem no corpo físico comprovam a intervenção do pensamento produzido pela mente humana, que atua através do sistema nervoso e repercute pelo sistema glandular, facilmente afetável pelas nossas emoções. O medo, a vergonha, raiva ou a timidez causam modificações na circulação cutânea e produzem a palidez ou vermelhidão do rosto.

Muitas enfermidades próprias da região abdominal, como as do estômago, do intestino ou do pâncreas, originam-se exatamente das perturbações nervosas recorrentes do descontrole mental e emotivo.

A saúde, pois, assim como a doença, vem de “dentro para fora” e de “cima para baixo”, conforme já o definiram com muita inteligência os homeopatas, porque a harmonia da carne depende sempre do estado de equilíbrio e da harmonia do próprio espírito encarnado.

O câncer, no homem, não fornece a possibilidade de se identificar, no momento, um agente infeccioso propriamente físico e passível de ser classificado pelos laboratórios do mundo. Não se trata de um microrganismo de fácil identificação pela terminologia acadêmica, pois é um bacilo psíquico, só identificável, por enquanto no mundo astral, e que se nutre morbidamente da energia subvertida de um dos próprios elementais primários, criadores da vida física. Esse elemental primitivo e base da coesão das células da estruturação do mundo material, torna-se virulento e inverte os pólos de sua natureza e manifestação normal, o que pode acontecer tanto pelo choque de outras forças que fecundam a vida, que operam na intimidade da criação, como pela intervenção violenta, desarmônica e deletéria por parte da mente e da emoção humana.

Trata-se de uma das energias primárias fecundantes da própria vida física e que, ao ser desviada de sua ação específica criadora, converte-se num fluido morboso que circula o períspirito ou nele adere na forma de manchas, nódoas ou excrescências de aspecto lodoso. Transforma-se num miasma de natureza agressiva, assediando ocultamente o homem e minando-lhe a aglutinação normal das células físicas.

A sua ação é interpenetrante na veste perispiritual e condensa facilmente toda substância mental que, por efeito do mau uso dos dons do espirito, baixa em sua frequência vibratória; também principalmente na função do “chacra esplênico”, que é o centro etérico controlador e revitalizante das forças magnéticas que se relacionam através do baço.

A sua vida astral mórbida e intensamente destrutiva, numa perfeita antítese de sua antiga ação criadora, escapa à intervenção propriamente física procedida de “fora para dentro”; daí, pois, o motivo por que é imune à radioterapia, cirurgia ou quimioterapia do mundo material, permanecendo ativa, como um lençol compacto de vírus interferindo na circulação astral do períspirito, capaz de produzir as reincidivas como a proliferação dos neoplasmas malignos nos tecidos adjacentes aos operados ou cauterizados.

Quando o homem pensa, emite ondas cerebrais eletrodinâmicas, que afetam todo o campo de suas energias ocultas e, quando se emociona, pode alterar a frequência vibratória do seu próprio sistema eletrônico de sustentação atômico. É natural, pois, que um elemental cancerígeno venha-se irritando em sua intimidade há decênios, séculos e até milênios, pela força das vibrações dos pensamentos desregrados e das emoções violentas do espírito encarnado, e essa carga nociva, atingida a fase de saturação, deve convergir profilaticamente para a carne!

A mente aí funciona em distonia, projetando dardos mentais que desorganizam as aglomerações celulares, adensando-se o magnetismo até obstruir o trabalho criativo do cosmo orgânico, impondo-se então a moléstia cancerosa através da desarmonia psicofísica.

Qualquer energia potencializada a rigor tanto pode produzir benefícios como efeitos nocivos, e o homem, pela sua força mental desordenada e suas emoções em desequilíbrio, pode provocar irritações nesse elemental primário, que depois o prejudicam, promovendo a rebelião das células.

Entretanto , o câncer no homem é essencialmente de natureza cármica, pois a sua predisposição mórbida resulta do expurgo da carga miasmática elaborada pelos seus atos danosos no passado, em prejuízo do semelhante.

Conforme a natureza do pecado ou a violência mental que exercer em oposição espiritual, também perturbará o tipo de elemental primário ou energia básica primitiva do mundo astral e que, no conhecido choque de retorno, produz uma reação lesiva idêntica, no períspirito, e que depois se transfere do mundo oculto para a carne, produzindo o estado enfermiço que a Medicina então classifica em sua terminologia patológica.

O processo morboso que reage do mundo oculto, através do próprio elemento criador que é perturbado, ataca o sistema linfático, o sanguíneo, o ósseo, o endócrino ou o muscular, produzindo doenças características e diferentes entre si, desarmonizando as relações entre o períspirito e a carne.

A maioria dos casos de câncer que afetam o homem produz-se pela disfunção da base psíquico-eletrônica da organização das células, devido ao elemental que fecunda a vida material se tornar virulento. O residual enfermiço vai-se acumulando no períspirito, na decorrência das encarnações, formando a indesejável estase, em que o organismo físico satura-se até ficar excessivamente sensibilizado.

No caso da leucemia ou do câncer sanguíneo, esse elemento lodoso, primário e posteriormente agressivo, circula pela contextura do períspirito, polarizando-se mais fortemente nas contrapartes etéreo-astrais, que são as matrizes ajustadas à medula óssea, ao fígado e ao baço, ensejando perturbações perniciosas ao conhecido processo da hematopoese, ou seja, da formação dos glóbulos de sangue, constituindo a nossos olhos verdadeira “infecção fluídica”.

O homem, como centelha emanada do Criador, um foco de luz obscurecida pela personalidade transitória carnal, deveria manter-se acima das paixões e interesses inferiores do mundo material a fim de, concentrando as energias que lhe ativam a luminosidade espiritual interior, projetar as forças que dissolvem as aderências e as petrificações astrais do seu períspirito, livrando-o dos processos morbosos que lhe obscurecem a transparência sideral. E no caso do câncer só a dinamização vigorosa de forças geradas no mundo interior do espirito é que poderão diminuir a ação agressiva do elemental primário que, depois de perturbado, é o causador do câncer.

Fonte: Fisiologia da Alma – Ramatis – Ed. Conhecimento – Cap. 20

 

 

 

 

 

 

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